Entenda as razões para a disparada nos preços dos combustíveis

Gasolina mais cara: até quando o preço do combustível vai subir?

Os preços dos combustíveis no Brasil vêm sofrendo grandes influências do dólar e da cotação do petróleo orientada pelas flutuações do mercado internacional. Entenda estas e outras razões para a disparada nos preços dos combustíveis.

frentista abastecendo veículo com gasolina

A Petrobras tem anunciado sucessíveis reajustes no combustível que sai das refinarias, além de subir o preço do diesel e do gás de cozinha, o GLP. A estatal, justifica estas altas à elevação nos níveis internacionais dos preços do petróleo, impactados pela limitação da oferta diante ao crescimento da demanda mundial, além da taxa de câmbio. Nas últimas semanas, o conjunto de fatores que vem pressionando o valor dos combustíveis no mundo, ganhou um novo ingrediente: a explosão dos preços de gás natural, o GNL, em meio a temores de uma crise energética na Europa.

Aumento da Demanda

A cotação do petróleo vem subindo consideravelmente desde o início do ano. Essa trajetória impacta diretamente nos derivados como a gasolina, diesel, gás natural, gás de cozinha, justificada por uma maior demanda em meio de pouca oferta. Parte do aumento do consumo é explicada pela retomada da economia nos países que têm conseguido implementar os seus programas de vacinação contra a COVID-19. Mas essa não é a única razão. O preço do gás natural disparou nas últimas semanas com o maior consumo na Europa, surpreendida pela redução da geração de energia renovável: muitos parques eólicos do continente produziram menos do que a sua capacidade no último verão. Este cenário acendeu um alerta entre as autoridades, já que o consumo de energia aumenta com a chegada do inverno. Além disso, a China vem usando mais gás natural como substituto do carvão em suas termelétricas, de acordo com as metas de redução da emissão de poluentes e da política de transição energética daquele país, influenciando também, o preço do barril do petróleo.

plataforma onde é realizada a extração de petróleo

Restrição de Oferta

Se a demanda por petróleo e derivados cresceu de um lado, a oferta não acompanhou. Uma das razões vem da própria dinâmica da Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP), um cartel que reúne 13 países e concentra cerca de 33% da produção global da commodity (por volta de 30 milhões de barris por dia). O grupo muitas vezes limita a produção para evitar quedas substanciais nos preços ou mesmo valorizar a cotação do barril. Isso aconteceu no ano passado, quando a OPEP decidiu cortar a produção por conta da pandemia. As atividades estão sendo normalizadas gradativamente, com a expectativa de que a oferta seja completamente retomada até dezembro de 2022. A demanda, contudo, vem crescendo em ritmo mais rápido.

Dólar Alto

A valorização do barril de petróleo tem um duplo efeito para países como o Brasil, que passam por uma profunda desvalorização cambial. A fragilidade fiscal do Brasil e a instabilidade política, estão entre os principais fatores que explicam porque o dólar não cede, além de fatores externos, como a expectativa de aumento de juros nos Estados Unidos e da remoção do programa de incentivos monetários. A imagem negativa que o governo brasileiro transmite para o mundo com relação a política ambiental e ao aumento das queimadas, também contribuem para a diminuição de investimentos internacionais no Brasil.

desvalorização do real frente ao dólar

Elevação dos preços de Biocombustíveis

Os biocombustíveis que entram na composição da gasolina e do diesel também experimentam forte alta, contribuindo para pressionar o preço final dos combustíveis. O etanol anidro responde por 27% do litro da gasolina vendida dos postos. Já o biodiesel hoje equivale a 10% do diesel que sai das bombas. O aumento é consequência direta dos efeitos climáticos adversos que têm se abatido sobre o país: a falta de chuvas e as geadas de junho e julho reduziram a produção das lavouras de cana-de-açúcar, sua matéria-prima. A soja usada no biodiesel, por sua vez, também está mais cara. Com a oferta também prejudicada pelas estiagens e uma maior demanda, a cotação da commodity acumula alta de mais de 70%.

Tributação

Uma das principais acusações constante sobre a alta de preços está relacionada ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o ICMS. O imposto estadual, de fato, tem grande peso sobre o valor na bomba. A alíquota varia entre os estados: no caso da gasolina, chega a 30% em alguns locais. O valor nominal do ICMS pago por litro de combustível cresceu porque seu custo, usado como base para o cálculo, está maior. As alíquotas, no entanto, são as mesmas cobradas antes da atual crise: tanto em maio do ano passado, quando a gasolina custava, em média, R$ 4, quanto em setembro, com o preço a R$ 6. O percentual cobrado em São Paulo, por exemplo, continua em 25%.

Política de preços da Petrobras

Na administração Dilma Rousseff, para evitar uma escalada da inflação, o governo evitava reajustar os preços administrados, como os da energia elétrica e dos combustíveis. A medida não era bem aceita pelos investidores por ser considerada uma intervenção do estado na economia. O governo Dilma usou a Petrobras como uma forma de absorver os impactos de preços, evitando o repasse para o consumidor final, fazendo com que o governo arcasse com essa alta.
Já no governo Michel Temer, a Petrobras alterou a política de preços de combustíveis para seguir a paridade com o mercado internacional. Os preços de venda dos combustíveis praticados pela estatal passaram a seguir o valor do petróleo no mercado internacional e a variação cambial. Dessa forma, uma cotação mais elevada da commodity e/ou uma desvalorização do real têm potencial para contribuir com uma alta de preços no Brasil, por exemplo. Importante lembrar, que esta mudança de preços chegou a ser diária e acabou desembocando na greve dos caminhoneiros.

De qualquer forma, a Petrobras é dominante no mercado brasileiro, sendo que, qualquer mudança adotada pela estatal tem capacidade para produzir grandes impactos em todo o mercado consumidor.

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