ÓLEO, GÁS, FORNECIMENTO DE ENERGIA:
COMO LIDAR COM A VARIAÇÃO NOS PREÇOS?
Em um mercado globalizado e competitivo, as redes de suprimento estão cada vez mais longas e complicadas. Na indústria, um bom planejamento deve levar em conta a inevitável variação no valor de alguns insumos, como é o caso das commodities energéticas – óleo, gás e fornecimento de energia. Muitas vezes, é necessário ultrapassar fronteiras para buscar itens ou até mesmo soluções, que trarão uma margem satisfatória para o seu negócio.
O Setor das Commodities Energéticas
Uma commodity energética é um insumo com valores extremamente voláteis, que podem ser alterados de forma repentina em um período de tempo relativamente breve. Para a indústria, esse é um custo bem significativo que pode comprometer os resultados da sua empresa. Com um bom planejamento e uma gestão de custos, é possível se preparar para essa variação e ter um mínimo de controle na cadeia de suprimentos do negócio. O primeiro passo para isso é compreender quais são os fatores determinantes para a flutuação no preço das commodities energéticas.
Dinâmica de Oferta e Demanda
A famosa lei da oferta e procura é um fator que pode ser determinante para a flutuação das commodities. Apesar de não ser o único elemento que compõe o preço, seu peso no cálculo final é muito relevante. Ter um olhar atento aos fatores externos podem afetar essa dinâmica. Nesse sentido, variações sazonais, crescimento ou retração de mercados (COVID- 19)* e eventos meteorológicos são extremamente significativos. Por exemplo, um inverno muito rigoroso pode fazer com que o consumo de óleo aumente em vários países do hemisfério norte. Com isso, os preços podem subir muito.
* Ler o nosso artigo “Como a Covid-19 está afetando os setores econômicos”
https://www.lubmix.com.br/blog/2021/03/23/o-impacto-financeiro-no-mercado-global-%F0%9F%93%8A/
Flutuação Cambial
Muitas vezes, pela necessidade de materiais específicos ou de valores mais atrativos, as empresas buscam por fornecedores fora do país. Como o câmbio é flutuante e pode ser extremamente volátil no Brasil, esse é um fator que pode impactar seriamente os preços de insumos, incluindo as commodities energéticas, além do preço dos serviços. Existem diversas formas de lidar com essa variável, como as operações de Hedge Cambial, isto é, operação do mercado financeiro que tem como objetivo proteger investimentos. Assim muitas empresas, fazem estimativas e análises estratégicas com um valor futuro da moeda estrangeira, com a finalidade de gerenciar riscos e amenizar o impacto de tais flutuações.
Custo de Frete
Uma cadeia de suprimentos que consiste em todo o processo de logística e que abrange desde a fabricação da matéria-prima de um produto até a entrega para o consumidor, exige uma operação logística maior e mais complexa. Isso aumenta a importância da área de logística e recursos tecnológicos em mais uma variável no custo de commodities energéticas: o Frete, que impacta significativamente o custo total da operação de uma empresa.
Fatores Políticos / Econômicos e a Pandemia
Um universo imenso de acontecimentos, leis, políticas e disputas podem impactar o preço das commodities energéticas podendo surpreender a gestão de muitas empresas. Como exemplo, países que são grandes produtores de petróleo irão promover políticas econômicas que os favoreçam, podendo aumentar ou restringir a produção, conforme seus interesses. Aqui no Brasil, é importante lembrar que, a pandemia e a alta nos preços, não tem relação com as medidas de restrição, mas sim com uma série de outros fatores:
- Modificações na infraestrutura logística em todo o mundo, deixando alguns produtos essenciais escassos e, portanto, levando à alta nos preços.
- Alta do dólar, que consequentemente eleva preços de produtos e insumos importados.
- Crise hídrica que encarece a conta de luz no país.
- Ondas de frio que tiveram impacto na produção de alimentos.
- Alta no preço do combustível, ligada à mudança de política de preços da Petrobrás, que agora segue os valores internacionais do petróleo.
- Diminuição do investimento estrangeiro no Brasil diante da dificuldade de controlar a pandemia de COVID-19 e das incertezas sobre os rumos econômicos e políticos do país.
Desvalorização do real em relação ao dólar
e o alto preço das commodities
As commodities ou bens comercializados movimentam o mercado financeiro em países agrícolas e minerais. Produtos importantes na pauta de exportação, elas estão presentes de forma significativa no dia a dia do brasileiro. Além de padrões mundiais similares, as commodities precisam ter produção em larga escala, capacidade de estocagem, baixa industrialização e alto nível de comercialização. Essas características diferenciam, por exemplo, dos alimentos perecíveis, que não podem ser estocados. Dessa forma, as commodities podem ser definidas como bens primários com cotação internacional, como petróleo, soja, minério de ferro e café. Nas últimas semanas, o Brasil tem sentindo as flutuações do câmbio, alta na bolsa e superávits recordes na balança comercial. Em janeiro deste ano, a indústria extrativa, metalúrgica e de refino de petróleo foram as atividades com maior aumento de preços.
Assim, como já apontado no decorrer de 2020, a desvalorização cambial e o encarecimento das commodities no mercado internacional têm grande influência na elevação de preços, principalmente no setor das indústrias extrativas, por conta da desvalorização do real frente ao dólar e do comportamento do óleo bruto de petróleo e do mercado internacional de minério de ferro. Outra atividade que teve alta destacada foi o setor metalúrgico. O aumento de preços em janeiro foi o maior de toda a história, ou seja, em 11 anos. Esses resultados estão ligados aos preços do minério de ferro e pelo excedente de aço no mundo. Apesar deste excedente, a valorização do dólar frente ao real, de 29,1% nos últimos 12 meses, junto ao aumento dos preços do minério de ferro, permitiu um acréscimo de preços do aço nacional. A atividade de refino de petróleo e produtos de álcool tem seu resultado ligado aos produtos derivados do óleo bruto de petróleo, como gasolina e o óleo diesel. Inclusive, a alta dos preços nas refinarias feitas pela Petrobras, nesse início de ano fizeram, com que o governo intervisse na petroleira e questionasse a política de preços. Já o biodiesel, entre os quatro produtos que mais influenciaram o resultado do mês, foi o único cujos preços diminuíram, ou seja, se deve à menor demanda.
O que fazer para lidar com a flutuação de preço?
O mais importante para a gestão de custo e preço é um bom planejamento além de um bom entendimento do mercado e do seu segmento. É necessário ter uma visão ampla de suas atividades e da concorrência.
Gerenciar custos fixos e controlar os custos variáveis ainda mais de perto, pois certamente envolvem mais incertezas. Mapear a cadeia de suprimentos da empresa, analisando os fornecedores, bem como a função e a importância de cada insumo, pressupondo riscos e eventuais custos adicionais. Antecipar incertezas, avaliar e assim, elaborar reações caso algum imprevisto se concretize.
Enfim, é impossível calcular com exatidão a flutuação de preços de uma commodity energética, mas é possível realizar um planejamento cuidadoso para minimizar as consequências dessa variação.
Com as Melhores Soluções e Produtos de Extrema Qualidade, a Lubmix está sempre um passo à frente para melhor atender seus clientes.
Faça Agora uma Cotação em um de Nossos Canais de Atendimento
☎️ (17) 3525-5110
✉ [email protected]
📲 (17) 99792-7343 Whatsapp